De luto pelo Brasil. - Um relato opinativo.


Fim do segundo turno de eleições para prefeitos no Brasil.

-Caso tenha a ilusão de que este comentário exclusivamente pessoal vá inquirir ou analisar partidos políticos e/ou seus candidatos, sugiro que pare por aqui, feche a página e NÃO me adicione nos favoritos. Este texto tem por objetivo analisar em meu ponto de vista, a situação atual do Brasil no contexto das eleições e dos membros já atuantes na política de nossa nação, entretanto evitando martirizar ou depreciar os governantes.-

"Bem vindo ao Brasil. Terra do futebol, do carnaval e da cachaça."
O que achei das eleições? - me perguntaram. Para muitos dei a resposta óbvia de acordo com minhas preferências políticas, para os céticos não dei qualquer resposta visto que são céticos. O que, de fato, eu acho? Simples! Porém complicado de se explicar, então abrirei tópicos:

Tópico 1º - O voto deixou de ser um direito.

Tópico 2º - Não é o povo quem decide as eleições.

Tópico 3º - O Brasil jamais alcançará o status que deseja possuir em relação ao mundo.

Tópico 4º - Bem vindo ao Brasil.


Análise do Tópico 1º -
O voto deixou de ser um direto? Como assim?
Não está difícil notar o crescente número de "supostos intelectuais" que se julgam capazes de analisar todo o contexto político do Brasil e que propõem diversas soluções ( diga-se de passagem - completamente inviáveis) para problemas de saúde, educação, segurança dentre muitos outros os quais nossa nação infelizmente vive.
Qual o problema disso?
Nenhum! Livre expressão é o que nos define como humanos e, para tanto, respeitar      as opiniões de outros (por mais absurdas que lhe pareçam) faz parte do convívio em sociedade.
Por que tais ditos "intelectuais" me incomodam? Porque com seus argumentos "simples e irrefutáveis" conseguem fazer a cabeça de muita gente, sendo estes indiretamente influenciados a mudarem suas crenças enquanto estas ainda estão em processo de desenvolvimento, mas que por um súbito argumento proposto na hora exata, os fazem mudar completamente de opinião.
Isso nos leva ao segundo cenário.
O segundo cenário engloba todos os alienados. - como foi mencionado em meu texto anterior.
Estes são aqueles que ignoram os prazeres e desprazeres da vida política e que beneficiam com seus votos não o candidato competente, mas aquele cuja venda de votos lhes render maior proveito imediato, o que me leva à última questão deste primeiro tópico:
Natalidade.
Em minha experiência, está óbvio quem decide as eleições (a ser explicado no tópico 2º), mas como esta "entidade" o faz? Através da natalidade. Diferentes partidos políticos agirão de formas diferentes -obviamente- mas existem aqueles que não tentam combater os problemas do povo. Para tais, basta dar esmola ao povo. Esmola a qual aumentará de acordo com o número de filhos, assim os fazendo gerar ainda mais filhos - mais futuros eleitores inconsequentes - cuja única preocupação será o desfecho de uma novela, ou até mesmo de uma partida de futebol.

Um comentário à parte: sempre fui fã do Império e República Romanos e, se houve dois aspectos da cultura romana que o Brasil soube incorporar de florma explêndida foram a Corrupção e a tática do "Pão e Circo" - esta última, aqui no Brasil podendo ser chamada também de "Futebol, Carnaval, Novela e Pinga".

Como o voto deixou de ser um direito?
Explicarei com base em meu ponto de vista -assim como todo este texto-.
Imagine por um instante o contexto político brasileiro onde o voto não fosse obrigatório, mas sim facultativo.
Os Alienados permaneceriam alienados com suas bebidas e programas de TV e não dariam qualquer importância às eleições, deixando-as nas mãos daqueles que realmente se importam com o futuro deste país.
Políticos capazes e direitos (ao contrário destas dúzias de palhaços vigentes em Brasília - salvo raras exceções) seriam eleitos e, caso não fossem tão capazes quanto aparentavam, cumpririam seu mandato e o próprio povo interessado em seu futuro impediria que voltassem.
De volta agora ao contexto atual: O voto obrigatório impõe ao "mercado eleitoral" seu direto de votar. Os Alienados vendem seus votos e nossos "amados líderes" permenecem os mesmos vigários.

Então por que o voto não é facultativo?
Porque apesar de corruptos, deputados, prefeitos, governadores e presidentes não são burros. Eles sabem que a obrigação do voto lhes elegirá novamente e que pessoa com poder deseja perder seu poder?

Análise do Tópico 2º
Quem decide as eleições?
À este ponto do texto, isto deve estar bem explícito: A mídia.
Como?
Comecemos analisando por baixo. Suas roupas, seus hábitos alimentares, seus "desejos", sua aparência... Tudo! Tudo o que você faz, vê ouve ou veste irá lhe influenciar de alguma forma. Roupas de grife, carros esportivos. Se tudo o que você tem ou deseja ter já lhe foi implantado na mente por alguma propaganda subliminar ou mesmo explícita, você realmente crê que pensa por si mesmo?
Não estou dizendo para desconfiarem de seus próprios pensamentos, nem lhes dizendo como pensar. Estou tentando mostrar a realidade. Se você é vegetariano ou onívoro, hipster ou emo, algo lhes impulsionou a ser desta forma e, para tanto, você se deixou ser influenciado por algo que viu ou ouviu. - O que não quer dizer que ser influenciado todo o tempo seja algo ruim. A partir do momento em que você consegue discernir o motivo por detrás de suas decisões, você é seu próprio mestre, não importa o que digam. Suas convicções serão apenas suas e se você deseja se matar através destas ou se permitir alcançar algo grandioso, você o fará, não importando quais sejam os desafios pelo caminho, mas se você se deixa levar por tudo o que vê (sugestão para os que desejam sair da mediocridade: LEIAM! COMECEM POR QUALQUER COISA, MAS LEIAM!), continuará sendo um escravo de si mesmo e é isto que todo o mundo deseja e espera de você: Um Escravo. Um escravo que trabalhe horas a fio sem nenhuma perspectiva de futuro, ou então uma perspectiva limitada. Uma perspectiva ilusional para que você não note a verdade sobre si mesmo: Que você viveu/vive/viverá uma vida sem propósito.

Análise do Tópico 3º
Por que o Brasil jamais se tornará o que espera ser?
Em primeiro lugar, o que o Brasil espera ser?
Com a cultura norte-americana tão difundida entre os brasileiros, é realmente muito difícil não notar que o Brasil deseja se tornar o próximo EUA. Por quê? Porque os Estados Unidos são o maior paraíso consumista do mundo e, como todo bom brasileiro adora gastar em coisas que elevem seu "status" através de marcas e outros tipos de ostentações, podemos finalmente notar uma característica comum à todas as classes sejam estas Baixa/Média/Alta. A cultura do TER e não do SER.
Por que eu acho que o Brasil jamais será como os EUA? Eis os motivos:
A cultura norte-americana tem por base a exaltação do patriotismo. Os americanos amam quase que acima de tudo seu país e se existe um inimigo estrangeiro ou nacional, eles lutarão para combatê-lo. Quando os brasileiros têm orgulho de serem brasileiros? Copa do Mundo de futebol. Os outros anos não fazem qualquer diferença. Quando os alienados se revoltarão? Quando o ciclo de álcool, novela e futebol for interrompido por algum agente externo.
Preguiça.
Característica muito comum entre nós brasileiros. "Por que fazer hoje o que pode ser feito amanhã?". Característica principal que nos define, não pelo fato de brasileiros serem preguiçosos, mas por uma questão cultural desde a origem do país sob os termos da escravidão. "Não farei pois há outros que farão por mim".
Ao contrário dos EUA que guerrearam internamente para obter ofim da escravatura, o real motivo do fim da escravidão no Brasil foi a "modinha" originalmente feita por ingleses. E para estreitar relações com a Inglaterra, houve o fim da escravidão no Brasil. (Não confundam o termo "modinha" com afeição à escravidão! Desprezo escravidão e qualquer tipo de preconceito decorrente desta!).
Então, verdadeiramente, o Brasil jamais teve de lutar pelos interesses de seu povo assim como o povo jamais desejou lutar por seus interesses e tal aspecto vem sido transmitido desde os primórdios até os dias atuais.

Análise do Tópico 4º
Tentei fazer um resumo do que vi, do que sinto e do que creio. Caso suas opiniões sejam diferentes, por favor comente. Não tenho interesse em ser um formador de opinião, mas ser um relator de minhas opiniões. Se você também acha que algo está errado, não fique parado.

"O mal vence quando os homens de bem nada fazem."

Estou tentando fazer minha parte mostrando minhas convicções sem no entanto tentar alterar as suas. E você? O que anda fazendo?

Juan Vargas Rossano.
Escritor.

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